As áreas de atuação do Analista Junguiano abrangem diferentes campos, incluindo psicologia clínica, psicoterapia, aconselhamento, educação, pesquisa, consultoria e orientação vocacional.

O Analista Junguiano trabalha com indivíduos de todas as idades, ajudando-os a explorar o inconsciente pessoal e coletivo, compreender e integrar os complexos, desenvolver a autoconsciência e promover o crescimento psicológico e espiritual. Além disso, os analistas junguianos também podem aplicar a teoria de Carl Jung em áreas como arte, literatura, mitologia, antropologia, estudos religiosos e estudos culturais.

Eles utilizam métodos como a interpretação de sonhos, o trabalho com símbolos e a análise de imagens para facilitar o processo de individuação dos clientes.
Segundo o CBO nº 2525-50 do Ministério do Trabalho e Emprego, no final do Curso de Formação em Psicologia Analítica você estará apto a atuar nas seguintes áreas:

1. AVALIAR COMPORTAMENTOS INDIVIDUAL, GRUPAL E INSTITUCIONAL: Triar casos, entrevistar pessoas, levantar dados pertinentes, observar pessoas e situações, escutar pessoas ativamente. Investigar pessoas, situações e problemas, escolher o instrumento de avaliação, aplicar instrumento de avaliação, sistematizar informações, elaborar diagnósticos, elaborar pareceres, laudos e perícias, responder a quesitos técnicos judiciais, devolver resultados (devolutiva).
   
   
2. ANALISAR, TRATAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES: Propiciar espaço para acolhimento de vivências emocionais (setting), oferecer suporte emocional, tornar consciente e inconsciente, propiciar a criação de vínculos paciente-terapeuta, interpretar conflitos e questões, elucidar conflitos e questões. Promover a integração psíquica, promover o desenvolvimento das relações interpessoais, promover desenvolvimento da percepção interna, mediar grupos, família e instituições para solução de conflitos, dar aula.
   
   
3. ORIENTAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES: Propor alternativas para solução de problemas, informar sobre o desenvolvimento do psiquismo humano, aconselhar pessoas, grupos e famílias, orientar grupos profissionais, orientar grupos específicos (pais, adolescentes, etc., assessorar instituições).

As técnicas recomendadas para a prática profissional do Analista na clínica psicanalítica podem incluir:

• Associação livre: Encorajar o paciente a falar livremente sobre seus pensamentos, sentimentos e memórias, sem censura ou julgamento. Isso permite que conteúdos inconscientes sejam trazidos à tona e analisados.

A Psicologia Analítica, desenvolvida por Carl Jung é uma abordagem terapêutica que busca explorar o inconsciente e promover a integração da psique. Algumas técnicas recomendadas para a prática da Psicologia Analítica na clínica psicológica incluem:

• Análise de Sonhos: A interpretação dos sonhos é uma ferramenta importante na Psicologia Analítica. Os sonhos são vistos como mensagens simbólicas do inconsciente e podem revelar conteúdos ocultos da psique.
• Imaginação Ativa: Essa técnica envolve a exploração e expressão criativa das imagens internas. Por meio da imaginação ativa, o paciente é encorajado a se envolver ativamente com suas fantasias e imagens internas, permitindo uma compreensão mais profunda de si mesmo.
• Amplificação: A amplificação consiste em explorar e relacionar os símbolos e imagens presentes na vida do paciente com os arquétipos e mitos universais. Isso ajuda a trazer uma compreensão mais ampla de si mesmo e do mundo.

É importante ressaltar que essas técnicas devem ser aplicadas por profissionais qualificados e treinados em Psicologia Analítica. Cada caso é único e o terapeuta deve adaptar as técnicas de acordo com as necessidades individuais do paciente.

O Analista deve ter seu trabalho pautado na ética profissional. Não deve protelar o fim da terapia com o intuito de ganhar mais dinheiro. Não deve usar a técnica terapêutica com o intuito de obter benefícios pessoais. Jamais deve utilizar de seu poder de terapeuta para obter favores do consulente.

Deve-se autorizar Analista no momento em que se sentir amparado, de preferência em um processo conjunto com seus pares. Não deve fazer nada que possa causar em alguém certo tipo de constrangimento, dor, sofrimento, traumas, complexos, perdas financeiras e pessoais. Não deve exceder sua atuação para atribuições exclusivas de médicos e psicólogos.

Como profissional de saúde mental, compete ao Analista auxiliar os pacientes na busca por respostas e soluções para resolver seus problemas emocionais e traumas internos. O Analista utiliza o método da psicanálise para desvendar o inconsciente do paciente e ajudá-lo a desenvolver a autopercepção e a capacidade de lidar com os problemas presentes.

Durante as sessões, o Analista utiliza técnicas como associação livre, em que o paciente fala a primeira coisa que vem à mente, e interpretação do conteúdo manifestado pelo inconsciente. Diferente de um psicólogo ou psiquiatra, um Analista não prescreve medicamentos e foca no estudo da psique humana e seu inconsciente.

O Analista trabalha com os sentimentos e emoções, ouve, orienta e auxilia o paciente a buscar em processos inconscientes (recalcados, recusados, esquecidos) as causas e respostas para superação de dores e para melhoras substanciais em relação ao futuro.

O trabalho do Analista é trazer do plano inconsciente lembranças, sonhos, símbolos, através de técnicas como: livre associação de ideias, livre associação de palavras, interpretação dos sonhos, interpretação dos desenhos (símbolos). Esse processo ajuda o analisando a ter uma melhor compreensão de si e superar dores, traumas, complexos, medos e bloqueios.

Não pode o Analista invadir áreas restritas de profissões regulamentadas, como as de médico ou psicólogo. Portanto, não compete ao Analista receitar medicamentos, diagnosticar doenças, ou fazer encaminhamentos pertinentes à área médica, a não ser nos casos em que o Analista seja ao mesmo tempo médico ou psicólogo.

Não compete ao Analista aplicar testes psicológicos, ou adotar linhas de abordagem e atribuições típicas de psicólogos e psiquiatras. Durante o Curso de Formação, traçaremos um caminho bem orientado sobre as práticas válidas e efetivas para o sucesso neste campo profissional.

É aberto porque nenhuma Lei especificou o contrário, e porque os grandes nomes da Psicologia Analítica e (inclusive seu precursor, Jung) defendiam-na como ciência laica ou leiga, isto é, não amarrada aos cânones da medicina ou da psicologia, o que não impede que grandes médicos e psicólogos tenham-na como uma forma principal ou secundária de procedimento.

Para Freud e muitos autores da Psicanálise, a formação humanista (filosófica, artística, cultural, histórica) e a experiência clínica, associadas ao método psicanalítico, podem contribuir tanto ou mais para a superação das dores do analisando.

Vale dizer que desde o princípio a Psicanálise era uma profissão aberta a quem se interessasse e que atraiu não só médicos – como Jung e Adler – mas também advogados, filósofos, literatos, educadores e teólogos, sociólogos e pedagogos.

No Brasil, o exercício da Psicologia Analítica se dá de acordo com o artigo 5º, inciso II e XIII da Constituição Federal. Acrescenta-se ainda: o parecer do Conselho Federal de Medicina, processo Consulta 4.048/97 de 11/02/1998. Além do Parecer 309/88 da Coordenadoria de Identificação Profissional do Ministério Público Federal e da Procuradoria da República, do Distrito Federal e Aviso nº: 257/57 de 06/06/1957, do Ministério da Saúde, este último como marco histórico da psicanálise no Brasil.

Os Cursos de Formação (como o nosso), são Cursos Livres oferecidos por Sociedades ou Instituições Psicanalíticas e de Psicologia Analítica e fundamentam-se no tripé teoria, supervisão e análise. Podendo se enquadrar pelo MEC quando reconhecidos como Graduação ou como Pós-Graduação Lato Sensu. Os nossos cursos de Pós-graduação com formação são reconhecidos pelo MEC/INEP.

Sim, pelo Ministério do Trabalho e Emprego / CBO 2515.50/2002, pelo Conselho Federal de Medicina (Consulta nº 4.048/97), pelo Ministério Público Federal (Parecer 309/88) e pelo Ministério da Saúde (Aviso 257/57), LC 147/14 (art. 5-I, IV) e Lei 12.933/08.
No Brasil, a profissão de Analista é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, amparada pelo Decreto nº 2.208 de 17 de abril de 1997.

No entanto, é importante ressaltar que a profissão não é regulamentada por lei, por Conselho ou Ordem. Isso significa que qualquer pessoa pode praticar a psicanálise, independentemente de ser médico ou psicólogo.

Para se tornar um Analista é necessário passar por formação teórica e prática, participar de terapia pessoal e receber supervisão clínica de profissionais experientes.

A conclusão de um curso de formação em psicanálise é recomendada para se tornar um Analista?

O Analista é um profissional e saúde mental que desenvolve seu trabalho em consultórios, empresas, instituições, hospitais, ou tantos outros espaços nos quais cabe-se a utilização da técnica psicanalítica. O exercício da psicanálise é livre e laico.